Não é de agora que rola um chamado nostálgico por festivais de música um pouco menores (de 15 mil a 30 mil pessoas), que oferecem uma experiência mais tranquila sem abrir mão de um line up de respeito, como era o extinto Planeta Terra Festival. Foi pensando nisso junto da vontade de criar um espaço em que as pessoas sintam-se incluídas que o MITA (Music Is The Answer) foi criado. O Mapa trocou uma ideia com Caio Jacob, um dos fundadores do festival, para entender melhor como foi esse processo. 

O MITA é construído por várias mãos

Oferecer um espaço de descontração e relaxamento usando a música como combustível é um dos objetivos do MITA. Jacob explica que todos os pilares do festival têm foco em torná-lo algo que faça sentido para o público nesse momento de reabertura em que vivemos, com cuidado e empatia.

Além de ser uma ótima chance de ver artistas incríveis e viver momentos especiais, o MITA também é uma oportunidade de participar da história de um novo festival que conta com a resposta das pessoas para escrever sua trajetória. Nas palavras de Jacob:  “A gente não quer crescer o festival, chegar ano que vem e dobrar de tamanho… é sobre entender o momento do público, entender o que vamos viver agora em maio”.

Um festival para as pessoas

Essa postura mais atenta vem também dos desafios de organizar um festival após os picos da pandemia e se reflete em como o evento foi construído. Os shows não acontecem ao mesmo tempo, então dá para assistir todos sem conflito. O formato diurno valoriza o tempo do público: o MITA começa cedo e o último show acaba às 22h, para que todos aproveitem o dia ao máximo e consigam voltar para casa (ou esticar o rolê) com tranquilidade. Já os banheiros não são separados por gênero e, de acordo com Jacob, a acessibilidade em todo o evento foi uma grande preocupação da equipe.

Diversidade também no line up

O cuidado também esteve presente na curadoria, que mapeou mais de 200 nomes para formar o line up com variedade de gêneros musicais entre artistas internacionais e brasileiros. A ideia é colocar uma distância menor entre público e artistas que normalmente tocam em eventos com muito mais pessoas, como o Lollapalooza, que recebeu cerca de 100 mil pessoas por dia em 2022. Two Door Cinema Club já passou pelo Lollapalooza Brasil em 2013, enquanto Gorillaz e Rüfüs Du Sol também têm passagem por festivais gigantes no exterior.

O futuro do MITA

Apesar dessa ser a primeira edição, a equipe por trás do MITA já está de olho no futuro. “O MITA vai contar história o ano inteiro. Em maio do ano seguinte ele pode acontecer de novo, mas vão existir projetos que contam essa história do MITA durante o ano. Ele não pára em maio e não acontece só uma vez, seja nas redes sociais ou em projetos à parte”, revela Jacob, que também menciona a vontade de levar o festival a outras regiões brasileiras, principalmente o Nordeste.

Confira todas as informações sobre o MITA no Mapa dos Festivais e fique por dentro das novidades do evento em tempo real no Instagram.